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Diego Velázquez. Coroação da Virgem. |
2. Em Devoção Mariana: Olhar Maria e Enxergar Jesus, sequer aquele leitor de má vontade poderia concluir que uma veneração por Nossa Senhora é passível de confusão, como sendo igual ao culto de latria devido apenas para Deus. Contudo, adjetivar por “corredentora” demandaria a satisfação substantiva por “corredenção” — o que é grave!
3. Torna-se um ato de incoerência combater a subversão, também realizada pela remoção ou alteração dos significados das palavras, geralmente empreendida pelos revolucionários, ou mesmo refutar as heresias, perpetuada sobretudo pelos protestantes, enquanto equiparam Jesus Cristo e Nossa Senhora no emprego de um verbete errôneo.
4. Se os “coerdeiros” igualmente recebem uma herança, embora um filho tenha feito mais por seu pai em comparação com seu irmão, através do mesmo critério devem os “corredentores”, em pé de igualdade, redimir, resgatar, libertar, apesar de só um realizar as ações para tanto enquanto o outro faz sua ajuda como pode.
5. Acontece que tal explicação, valendo-se da lógica básica, retorna à questão do culto de latria, pois, sendo “corredentores”, por que prestá-lo só a um se ambos fazem, reservadas as proporções, como posto no parágrafo anterior, igualmente a mesma função de redimir, resgatar, libertar? Observe mais adiante como é grave a linguagem!
6. Segundo o dicionário Estraviz, relativo ao lexicógrafo galego (aquele que nasce na Galiza, comunidade autônoma da Espanha, catolicamente proeminente — até por seu brasão de armas) Isaac Alonso, “corredenção” já significa “ação de Maria, Mãe de Deus, como redentora da humanidade” — e o problema mora aqui.
7. Estraviz não cometeria equívoco ao consultar tal verbete, qual seja, “corredentor”, pelo Dicionário Aurélio, que diz ser “aquele, que redime com outrem”, sendo, como dito, lógica básica admitir à Nossa Senhora o culto de latria se em pé de igualdade, ainda que sem igual proporção, ela, com Jesus Cristo, redime, resgata e liberta a humanidade.
8. Se os insistentes redundantemente insistirem no uso da palavra “corredentora” ao se dirigirem à Virgem Maria, então que não reclamem dos protestantes quando lhes tratam pela perversa alcunha de idólatras, pois de nada adianta explicar para eles sobre a latria e a hiperdulia serem cultos distintos se na linguagem enaltecem tal “corredenção”.
9. Em um avião, se falha o piloto, então o copiloto assume a aeronave. Na Economia da Salvação, se falhasse o Redentor, assumiria a corredentora? Ideia boba, verdade, mas não existe falha em Jesus Cristo, muito menos necessidade de um cooperador equivalente, como a Santa Igreja ensina acerca do único Salvador da humanidade.
10. Só Jesus Cristo salva. Não é que ele tenha “salvo” a todos e ponto final, como creem os protestantes erroneamente para, quem sabe, esquivarem-se do Dia do Julgamento com argumentos mirabolantes, porém, desta forma, advogando somente para Satanás — e a “corredenção” atribuída à Nossa Senhora, para eles, torna-se um “prato cheio”.
11. Porém, Jesus Cristo é a Cabeça de Seu Corpo Místico, que é a Sua Igreja, onde todo fiel, com Ele, por Ele e n’Ele, torna-se filho de Deus, cuja vontade se manifestou pela maternidade da Virgem Maria, que por sua vez também é exercita para toda cristandade, sendo ela mesma a mãe dos cristãos no universo.
12. Se os protestantes rejeitam o próprio Corpo Místico de Cristo, Jesus, seriam incoerentes se aceitassem a Virgem Maria e atribuir-lhe uma “corredenção” para exaltá-la só amplia os lastros às heresias. Se um filho acha que sua mãe precisa de outros títulos para que seja exaltada, desconhece o significado de “bem-aventurada” e “Theotókos”. Para referenciar esta postagem: ROCHA, Pedro. Redentora da Humanidade? Enquirídio. Maceió, 15 abr. 2025. Disponível em https://www.enquiridio.org/2025/04/redentora-da-humanidade.html.
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